A maioria dos prédios e estabelecimentos, sejam eles públicos ou privados, comerciais ou residenciais, como restaurantes, lojas, cinemas e empresas, devem seguir normas rigorosas de segurança. O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e o Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB) são essenciais nessa questão. Essas licenças garantem que os locais estão equipados com medidas adequadas para proteger contra incêndios, permitindo o controle eficaz de situações de emergência e evitando tragédias.
Conforme a legislação vigente no Estado de Minas Gerais, as empresas devem passar por um processo de licenciamento junto ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), independente do ano de abertura, atividade econômica ou porte (MEI, Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte).
O licenciamento da empresa junto ao CBMMG será obtido quando da emissão do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) ou do Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros (CLCB), documentos que comprovam que a edificação possui condições seguras para abandono em caso de pânico, acesso fácil para os integrantes do Corpo de Bombeiros, além de equipamentos para combate a incêndio, conforme o nível de risco.
De acordo com a classificação de risco da empresa (obtida no Portal de Serviços da Redesim-MG), o processo de licenciamento poderá ser dispensado ou simplificado. Para os municípios aderentes à Redesim-MG o licenciamento poderá ser automatizado mediante integração do sistema informatizado municipal com a Jucemg e o Infoscip.
Edificações residenciais multifamiliares onde não existem atividades econômicas desenvolvidas também precisam apresentar seu Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico
A engenharia de segurança é uma especialização da engenharia que se concentra na prevenção de acidentes e na proteção da saúde dos trabalhadores. Esta área abrange a análise de riscos, o desenvolvimento de medidas de segurança, a implementação de sistemas de controle de perigos e a garantia de conformidade com as regulamentações e normas de segurança. Os engenheiros de segurança trabalham para identificar potenciais perigos no ambiente de trabalho, desenvolver estratégias para mitigá-los e criar políticas de segurança que protejam os trabalhadores. Eles utilizam uma variedade de ferramentas e técnicas, incluindo auditorias de segurança, análise de falhas e simulações de riscos, para garantir que os ambientes de trabalho sejam o mais seguros possível.
A economia, por outro lado, é o estudo de como os recursos são alocados, distribuídos e utilizados. Através da análise econômica, as empresas podem tomar decisões informadas sobre investimentos, custos operacionais, produtividade e eficiência. A economia empresarial foca na maximização dos lucros e na minimização dos custos, enquanto se considera o impacto das decisões financeiras no longo prazo.
A convergência entre engenharia de segurança e economia se dá na otimização dos custos e na maximização da segurança. A implementação de medidas de segurança eficazes pode inicialmente representar um custo significativo para as empresas. No entanto, a economia de longo prazo gerada pela prevenção de acidentes, doenças ocupacionais e interrupções de produção pode ser substancial.
Um exemplo prático é a análise de custo-benefício na implementação de um novo sistema de segurança. Um engenheiro de segurança pode propor a instalação de um sistema de ventilação avançado em uma fábrica para reduzir a exposição dos trabalhadores a substâncias tóxicas. A análise econômica consideraria os custos iniciais de instalação e manutenção do sistema, em comparação com os benefícios de longo prazo, como a redução de ausências por doença, aumento da produtividade dos trabalhadores e menores despesas com seguros e indenizações.
Além disso, a economia da segurança no trabalho também envolve a gestão eficiente dos recursos humanos. Ambientes de trabalho seguros e saudáveis tendem a aumentar a moral e a satisfação dos funcionários, reduzindo a rotatividade e aumentando a retenção de talentos, o que é economicamente benéfico para as empresas.
A integração da engenharia de segurança com a economia resulta em um ambiente de trabalho mais seguro e financeiramente sustentável. Através da aplicação de princípios de engenharia para identificar e mitigar riscos, e da análise econômica para avaliar a viabilidade e os benefícios das medidas de segurança, as empresas podem não apenas cumprir as regulamentações legais, mas também melhorar sua eficiência operacional e competitividade. Em última análise, a segurança no trabalho não é apenas uma responsabilidade ética e legal, mas também uma estratégia inteligente de negócios que contribui para a sustentabilidade e o sucesso econômico a longo prazo.